terça-feira, 30 de outubro de 2018

A DEMOCRACIA NA PÓS-VERDADE: APARANDO AS ARESTAS NAS HIPER-BOLHAS!




A DEMOCRACIA NA PÓS-VERDADE: 

APARANDO AS ARESTAS NAS HIPER-BOLHAS!


Para alguns povos, retirar o calçado à porta da entrada da residência demonstra respeito do visitante para aquele com o qual se visita. Para outros povos, indubitavelmente ao adentrar no recinto de sua casa você deve retirar os sapatos e deixar toda a sujeira que trouxe da rua do lado de fora.

No espetáculo democrático, o olhar-se ao espelho é realmente assombroso, pois, nunca um pleito fora tão desgastante, esquizofrênico, estarrecedor e imprevisível quanto o pleito atual de 2018.

Atentar-se simplesmente para os resultados da disputa presidenciável é reduzir drasticamente o quão assustadora e efervescente foram as eleições no Brasil - o que aliás deixou o mundo estarrecido e bastante preocupado, pelo menos por uns 15 segundos, entre um furacão aqui, um tsunami ali, chamando tanta atenção quanto um twíte do Trump.

Ironias à parte, o processo democrático brasileiro realmente chamou a atenção pelo ineditismo da forma com a qual candidatas e candidatos se degladiaram – assim como seus eleitores – em busca do esforço incansável de demonstrar uma ideia, um projeto, um gosto, um ideal. Artistas mundiais mobilizaram suas redes e seus shows (sim mundo, nós vaiamos o Roger Waters e talvez com razão), mobilizamos analistas políticos tanto europeus quanto das grandes redes de comunicação estadunidenses como NYT e Fox, além de termos inspirado a alteração na legislação eleitoral do Chile, com relação à prevenção das famigeradas “fake news” (creio que de tão íntimas não seja nem preciso mais aspas).

Umberto Eco disse certa vez que as redes sociais deram voz aos idiotas. Não sei se ele escreveu isso em sua page fan no facebook ou publicou através do instagram. Theodor W. Adorno, filósofo da Escola de Frankfurt, dizia que a arte deveria ser destinada a uma minoria intelectualizada, uma “elite”, pois o acesso aos pobres criava o risco da massificação, através da indústria cultural. Pois bem, mesmo que os nobres pensadores reivindiquem a análise de forma conservadora, para uma elite de iluminados, neste ano o que prevaleceu foi a enxurrada de zaps, análises políticas, discussões filosóficas, ideológicas, distorções e construções históricas ( o nazismo é de esquerda), que foram criando o pano de fundo para um sem número de brigas tanto virtuais, como no campo da realidade. Com certeza o natal deste ano se tornará um evento mais interessante que simplesmente as piadas cafonas daquele seu tio homofóbico-machista-misógino-racista-politicamente incorreto, inconveniente e principalmente sem graça: Esse ano ou ele apanha, ou realmente vai passar o natal sozinho mandando piadas pelo zap zap. Creio que muitas famílias nunca mais se reunirão novamente, uma grande besteira (ou alívio).


Mas o que de tão diferente nos ocorreu neste pleito que nos difere dos pleitos anteriores entre Hilary x Trump nos E.U.A. e Dilma x Aécio no Brasil? A diferença, segundo nos apontaram os observadores internacionais da OEA – Organizações dos Estados Americanos, diz respeito a enxurrada de notícias falsas ou fake news sobre o eleitorado brasileiro, trazendo uma gigantesca cortina de fumaça sobre o processo eleitoral, já que no pleito dos norte-americanos o fb foi intimado a criar mecanismos para barrar tais notícias, o que porém para o Brasil com o “zap zap” e não o “face” (mania cafona nossa de apelidar coisas escrotas), tais barreiras foram inúteis.

Deve-se levar em consideração que em 1989, no segundo turno entre Lula e Collor a parada foi tão intensa quanto agora, me recordo bem que no auge dos meus 09 anos, acabei quase que saindo na mão com um baixinho atrevido “Collorido” da minha rua (hoje de esquerda, acho que a briga valeu), num pleito que tinha 845 candidatos a presidente no primeiro turno que iam de Mário Covas, Paulo Maluf, Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, a Afif, Enéas e o saudoso Marronzinho.

Há de se apontar também o índice de renovação na câmara federal e senado; o crescimento do nanico PSL, até então desconhecido partido político antes do fenômeno Bolsonaro; o efeito Tiririca elegendo Kim, Frota, Janaína; a eleição de Hélio Negão no RJ, que passou de desconhecido para, com o apoio do agora eleito senador no RJ Flávio Bolsonaro, deputado mais votado, superando Marcelo Freixo; o Rio de Janeiro ou Hell de Janeiro aliás, tem uma vocação ou um hábito ou “uma missão” para eleger outsiders, principalmente evangélicos, já que o recém-eleito Governador do Estado, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão, disputava a sua primeira eleição e que curiosamente pediu exoneração do cargo de juiz federal para concorrer à vaga, creio que devido as ameaças de morte sofridas no exercício da função. Será?

Há sim, cabe citar que o PSOL deixou de ser uma chapa de DCE e virou um partido político, Ciro abriu um flanco progressista dentre a unanimidade petista, o PSB e o PSDB continuam vivos e bem vivos, além do partido de Temer.

Outro dado importante é que apesar do chamado “mito” ter sido eleito presidente, com direito ao senador recém-derrotado por dois estreantes na política capixaba Magno Malta puxando uma oração junto aos afiliados do Bozo, uma cena deplorável de representação dramática por atores de terceira e com abrangência internacional – quiçá, interplanetária, finalmente um mito caiu nessas eleições: A tal obrigatoriedade do voto. No RJ por exemplo, o número de votos brancos, nulos e abstenções no segundo turno perdem em 100 mil para o número de votos do candidato vencedor – o que tem um amplo significado para as futuras estratégias políticas eleitorais.

Na escalada da onda conservadora que elegeu um meme como seu presidente, um aspecto foi fundamental para a sua ascensão: A consolidação de uma marca através do canal certo de propagação de imagem. Tenho postagens minhas de 2011, já zoando esse milico grotesco.

O Outsider mor, MemeMito, desde a década de 90 é conhecido por ser um político bilíngue – fala português e merda pa carái – o que por increça que parível, no melhor estilo “quanto pior melhor”, nos parece ser uma estratégia que o alavancou até a presidência do país (“Ó vida, ó azar”). O internacionalmente conhecido como Trump Brasileiro, veio comendo pelas beiradas mas sempre dando um jeito de chamar a atenção e como dizem nesse mundo de rédeas sociais “fidelizar” seu público conservador de alto déficit educacional (moral?) e principalmente surfando num neo-populismo antipetista abissal, que aliás, teve uma parcela de contribuição gigantesca com a estratégia suicida, personalista, porém genial do ex-presidente Lula, em trazer o debate para o campo do plebiscito.

Mas o PT foi realmente genial? Talvez você deva estar se questionando. Eu digo que sim, pois o PT sai como o partido que elegeu mais governadores (4 + Renan Filho, um “aliado” ), e é o partido que no geral elegeu o maior número de políticos, 148 no total, sendo o maior número de deputados federais e estaduais eleitos e o terceiro maior número de senadores. No jogo político, vão-se os anéis mas ficam-se os dedos e para o PT, a arriscada estratégia de jogar Haddad de última hora no pleito, quase colou e recolocou o PT enquanto liderança do campo progressista brasileiro, aliás, fato que alguns Ciristas não conseguem compreender, pois o maior partido progressista da América Latina abriria mão de sua hegemonia política e a entregaria nas mãos de outro grupo político, mesmo que alinhado com parte de suas idéias, mas com divergências públicas notórias, o direito de disputar o pleito ao executivo? Lula no aconchego de sua cela em Curitiba, lendo mais livros por semana que grande parte dos brasileiros leram na vida, entra agora em disputa com Mujica e Mandela, só falta o tempo de cadeia. Que a prisão do grande líder populista brasileiro deste século faça com que seu eleitorado reflita acerca do autoritarismo presente também em uma postura pouco agregadora por parte dos progressistas, o qual aliás Bolsonaro em sua campanha esteve mais próximo de Lula do que o próprio Haddad, pois com seu neo-populismo de extrema-direita, sua forma direta e simples de falar com o povo e seu discurso raivoso e manifestações toscas de racismo, machismo e homofobia, nos remetem muito a um Lula sindicalista que gostava de uma cachacinha e que em 2002 resolveu botar um terno pra ganhar a eleição e falar um discurso mais moderado, que o crivou da alcunha de “Lulinha Paz e Amor”, causando ojeriza, e ainda causa, aos intelectuais da época, ao verem num torneiro mecânico a impossibilidade de um líder estadista, mas que convenhamos nunca se pautou numa estratégia de ódio aos pobres para colocar seu nome em destaque.

Bolsonaro junta o que há de pior na política: o discurso de ódio aos pobres atrelado a teologia da prosperidade dos pastores mau-caráter das igrejas evangélicas.

O Filósofo Jürgen Habermas, em sua palestra “A modernidade: Um projeto inacabado” (Setembro de 1980), nos traz à reflexão que o moderno, ou “modernus”, em sua acepção latina, simboliza a distinção de uma era – no caso a romana e pagã - para o advento de uma nova era a partir do século V, onde no cristianismo se representava a vanguarda para o pensamento civilizacional. Porém, para Habermas, o moderno não foi uma cisão completa e sim uma imitação do modo antigo. Somente com o iluminismo é que a ideia de modernidade não significava também o resgate das ideias antigas: ¨A característica de tais obras é o ‘novo’ que há de ultrapassar e tornar-se obsoleto pela novidade do próximo estilo. Contudo, enquanto o que é meramente ‘stylish’ logo vem a sair de moda. Aquilo que é moderno preserva elos velados com o clássico” (HABERMAS, 1980).

Neste pleito exclusivamente, vemos a demonstração de resistência e de disputa pelo discurso entre os campos progressistas, pautando uma ética globalizante, de defesa da diversidade, estado laico e maior racionalização do ethos social em contraste com a tradição – e aí nos remetemos a Habermas novamente no que diz respeito a sua “Teoria da Ação Comunicativa” - pois segundo o filósofo, é por meio da linguagem que as pessoas interagem umas com as outras, como também reproduzem e renovam o saber cultural, orientando tanto a compreensão quanto a forma de estabelecerem-se em sociedade, frente um sistema teórico que não contempla no todo a complexidade da vida prática. Sendo assim, questões como a defesa da propriedade privada, a moralização da política e a luta pelos ideais cristãos de sociedade como a defesa da família, a não ampliação a medidas contraceptivas no que se refere ao aborto e a políticas que alterem a percepção acerca do uso de drogas recreativas, transformando-as em uma questão de saúde pública e não como aspectos meramente criminais, assim como  opção de foro íntimo e a reserva de mercado para somente algumas modalidades de drogas, discursos estes de uma tradição arcaica que nos remete aos anos 60, e talvez por isso uma identificação tão forte com os valores de 64, levando pelo ralo a defesa do direito à diversidade política – e vale reiterar o incorreto termo “minorias” para um grupo majoritário numericamente, mas sem articulações de base incisivas que reflitam em sua representatividade política – o que levou a fácil associação entre a manifestação política de Bolsonaro e seu eleitorado, de cunho privado dentro do contexto brasileiro, alinhadas as ideias do regime nazista de Hitler e fascista de Mussolini.

O grande erro do PT foi lá atrás, como já me disse o Professor Sérgio Fonseca, quando vira as costas para o campo progressista e autoritariamente indica Dilma para o pleito sucessivo do legado de Lula, um verdadeiro poste político. Com a crise de 2008, as diversas acusações de corrupção levantadas desde o mensalão de 2006, como se o PT tivesse inventado a corrupção, pois o PT não inventou a corrupção, inventou pobre e preto dentro da Universidade Pública e andando de avião, o que convenhamos é muito pior, e a partir daí o país ladeira abaixo com o golpe, a lava jato made in usa e sua judicialização da política, pois, em qualquer país sério, Sérgio Moro teria pego uma boa cadeia pelo grampo a presidente Dilma (nos USA era cadeira elétrica).

O que Bolsonaro e as bolhas nos trazem de novo neste pleito é que aquilo que antes mantinha-se velado e discutido no privado, em âmbito particular nas esferas sociais brasileiras, mas que reproduzem-se claramente nas instâncias de poder e resistem firmemente a questionamentos e mudanças no foco das decisões, como a livre manifestação racista, as opiniões misóginas e os posicionamentos políticos machistas, o desprezo pelas relações homoafetivas, que deslocam tais grupos a cidadãos e cidadãs de segunda classe, nunca foi trazido de forma tão explícita à opinião pública. A tentativa de sabatina de William Bonner no jornal nacional a Bolsonaro reflete bem isso, quando em determinado momento o candidato encurrala uma das maiores emissoras de comunicação do mundo dizendo que ela apoiou a ditadura militar. Que moral teria a Rede Globo, grande financiadora da publicidade eurocêntrica, do modus operante heteronormativo de sua estética artística, o seu jornalismo racista – aliás a jornalista Rafaela Marquesini da afiliada Globo local acaba de manifestar no jornal de meio-dia que um ato de racismo cometido pela polícia militar do Espírito Santo contra a livre manifestação pública de jovens em uma comunidade periférica de Vitória, com tiros de bala de borracha, jogando meninas adolescentes no chão, no melhor estilo tiro, porrada e bomba, dizendo que “A PM agiu duro...”, como se isso fosse corriqueiro e aceitável em bairros de maioria branca e de classe média em mesma situação.

Nas vésperas da eleição, o organizador de um evento em que eu participava pegou o microfone e disse que “eleitor de bolsonaro presente tinha que meter o pé senão ia levar ripada”. Daí, pergunto: Bolsonaro não representa realmente um retrato fiel do brasileiro e da brasileira médios?? Quantas vezes não nos policiamos em nosso dia-a-dia acerca de manifestações de intolerância e saindo um pouco na tangente da discussão sobre o estigmatizado “politicamente correto”, como nós nos posicionamos em nossas relações profissionais, em nossas relações diárias de trabalho e consumo, que não de forma individualista, beligerante, egoísta, injusta, raza, dando ouvidos a fontes de informações duvidosas, ou mesmo difamando pessoas, desconstruindo fatos e conceitos e relativizando sofrimentos, para que tão somente a nossa justa e honrosa felicidade venha à tona?

A glamoralização da violência pela mídia, assim como a estigmatização racista das comunidades periféricas; a ineficiência do aparelho público, gastando de forma inadequada montantes de recursos que privilegiam determinados grupos econômicos em detrimento da maioria; a omissão da sociedade, de nós indivíduos, acerca das estruturas de poder, do funcionamento destas estruturas, nos trazem o cenário atual de 60 mil assassinatos por ano, miséria, corrupção e milhões de desempregados. Será que a resposta para os nossos anseios caíra de pára-quedas?

Os homens que se escondem em cavernas como trogloditas são privados em seu modo de vida particular das relações para com a sociedade, que é tomada então como algo objetivo e exterior a eles: Enquanto os homens que vagueiam como nômades nas grandes massas são privados em sua existência alienada da possibilidade de encontrar a si mesmos (HABERMAS, 2002)”.

...pois bem, o senhor é conhecedor dos crimes humanos, da besta da carne e osso que assola o dia até anoitecer e do anoitecer até o dia. Pois bem, o Anticristo é a redenção do puro. Todo crime é culpa da compaixão, do fraco. Onde todos são fortes não há tirania...” ( Trecho de Ponto Morto, romance de Saulo Ribeiro, pag. 83).

Fico com a minha amada Vó, que a Divindade a tenha em um bom lugar, que já dizia: “Arde mais sara, amarga mais cura!”. E que assim seja!!


Emmanuel 7Linhas

30/10/2018

domingo, 7 de outubro de 2018

O PLEITO EM MEU PEITO

Eleição em meu bairro é tempo de ver homens velhos barbudos que há muito não se veem, se abraçando, apresentando as crias, falando dos velhos tempos, da época de pipa, do carrinho de rolimã, do furingo na ladeira. Época de encontrar velhos amigos que de uma forma meio que intuitiva manteem o domicílio eleitoral próximo ao bairro onde cresceu. Dia de eleição é o dia dos crias, de passar a limpo rapidamente a saudade (ou o constrangimento) em rever quem a muito deixou o bairro dos pais pra cuidar da própria vida. É tempo de ver aquele senhorio de mãos dadas com sua senhora, muitos levando filhos já crescidos e os netos a tira-colo.
É meio que um carnaval fora de época, mas no dichavo, pq tem sempre aquela mística de lei seca que de seca mesmo não tem nada, acho que em dia de eleição os bares até vendem mais, muitos de porta semi-aberta, com a rapaziada das antigas reunida, botando o papo em dia, falando do mercado da boca de urna, quem pagou tanto, quem pagou menos, o candidato tal deu tanto mas nele não voto nem a pau.
Toda a beleza e todo o caos da manada humana que se organiza e se manifesta para o exercício cívico de escolher o candidato preferido, tipo concurso de mis, concurso de popularidade, quem é o mais chegado, o deputado candidato irmão do primo do meu sobrinho fulano de tal. Mas também nas entrelinhas dos sorrisos, do ato antropofágico há a brevidade da vida, a depressão pelo princípio da eficácia não assimilado, as contradições em fratura exposta colocadas nos dedos que apertam botões como se espremessem rosas para cultivar espinhos.
Todo pleito para mim tem sabor à deriva, análitico, existencial e não diria pessimista, mas como um passante náufrago neste formigueiro, como diria Mestre Iran "contabilizando grãos de areia", um andarilho a observar o quão grande é o percurso em direção ao estado de bem estar social de nosso lindo país, de enormes riquezas naturais e que talvez por tanta abundância seja amado de maneira tão sem esméro.
O pleito de hoje é sem dúvidas especial, o encontro das hiper-bolhas direcionadas como gado ao abate pelos senhores google e facebook, onde essa marcha fúnebre fedendo a enxofre, até pelo fato de ter recebido a notícia por ontem de mais um amigo que se suicidou, tira cada vez mais o véu da ingenuidade catequizada acerca do animal político de Aristóteles, perante o organismo social e suas vestes de ignorância à dor alheia.
No apertar dos botões casamentos serão rompidos, creches deixarão de existir, aquela sobrinha estudiosa teria uma brilhante carreira na engenharia. Na combinação de números, como num jogo de armar, a arapuca se fecha sobre nós, creches deixam de ser construídas, hospitais reformados, fortunas se erguem e na encruzilhada da vida, no emaranhado de possibilidades, caminhos tortuosos nos levam a rotas inesperadas - e sempre assim serão.
No caminho das incertezas socráticas, a inveja do percurso da história, feito a um milênio de vantagem, que queimou fases de barbárie, construiu progresso mas que inevitavelmente, como é da vida, também terá os seus problemas.
Só penso que tudo poderia ser mais fácil...poderia...deveria.