A Arte é a força dos fracos
O fraco dos fortes
O riso da morte
A fome que deita
É encher-se do cheio
Esvaziar o vazio
Plantar a colheita
Olhar a olheira
Furar furadeira
Brincar coisa séria
Só séria brincadeira
É embarcar sem barco
É respirar sem peito
É predicar sentidos
É inventar sujeitos
Podemos re-tirar sem tiro?
Só podes em-pilhar sem pilha?
Não quereis pirar suspiros
Não regueis com água benta
Comerei meus dentes novos
Lamberei meus sapos frequentemente...
Eis-me aqui aonde voou?
No eterno movimento de sentar-me à curva
Quanto mais (h)a mente brilha(?)
Mais eu sinto a visão turva
A alma do artista - menstruada - sangra sangue carne viva
A vida ovula - fecunda o nada
Na cólica: a poesia
À cólera: surge o poeta
Vendem-se quadros / Mera punheta
O coito, o gozo, o sado-business
Méti de quatro
Artistatleta
A tela - a cama
Na cama - a dama
O figo seco
O peito em chamas...
(h)a mente: à lama
7 Linhas
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