quarta-feira, 6 de julho de 2011

ARTISTATLETA










A Arte é a força dos fracos
O fraco dos fortes
O riso da morte
A fome que deita


É encher-se do cheio
Esvaziar o vazio
Plantar a colheita


Olhar a olheira
Furar  furadeira
Brincar coisa séria
Só séria brincadeira


É embarcar sem barco
É respirar sem peito
É predicar sentidos
É inventar sujeitos


Podemos re-tirar sem tiro?
Só podes em-pilhar sem pilha?
Não quereis pirar suspiros
Não regueis com água benta


Comerei meus dentes novos
Lamberei meus sapos frequentemente...


Eis-me aqui aonde voou?
No eterno movimento de sentar-me à curva
Quanto mais (h)a mente brilha(?)
Mais eu sinto a visão turva


A alma do artista - menstruada - sangra sangue carne viva


A vida ovula - fecunda o nada


Na cólica: a poesia
À cólera: surge o poeta


Vendem-se quadros / Mera punheta


O coito, o gozo, o sado-business


Méti de quatro
Artistatleta


A tela - a cama
Na cama - a dama
O figo seco
O peito em chamas...


(h)a mente: à lama




7 Linhas

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