segunda-feira, 9 de abril de 2012

UMBANDERIA - PÓ DE SER???







Reflexão Gestacional sobre Pó de Ser Emoriô ( Umbanderia),


O artista, o artífice, o artesão, fomentador, pesquisador , executor de uma ideia artística, destina-se ao belo, a provocar o belo. A obra surge da sensibilidade do artista, o artista surge após ter sua obra apreciada ao público, devorada, ruminada, experimentada.
Toda expressão artística deve ser vivenciada, pois como disse o Grandioso Gênio Sérgio Sampaio: “Um livro de poesia na gaveta não adianta nada, lugar de poesia é na calçada...”
O século vinte e um inaugurou um tempo futuro sem presente, onde estamos em extremo contato com o passado, voltados para o “de mais recente”, num fluxo constante de atualizações, onde meios são os fins, tendo na arte o congelamento, a beleza atemporal, sensorial, intelectual e instintiva; passiva e ativa a dialogar com escolas de todas épocas, técnicas, espíritos, estados de espírito, fim em si mesmo, tendo todos enquanto expressões da obra de arte: a obra, o artista e o público.
O dinamismo tecnológico e sua abrangência, a acessibilidade de inúmeras interfaces linguísticas, é eficiente mecanismo de produção e disseminação de conceitos, elementos, produtos, mas no caso da arte, o esperado é atingir um lugar onde não se possa imaginar, e a maneira como os diversos elementos disponíveis são utilizados ou não utilizados, conhecidos ou não conhecidos, incidem cada vez mais no resultado dessa ação.
A Arte enquanto campo de conhecimento move todas as outras áreas no seu acontecimento, no intercâmbio de ideias, regiões, perspectivas e atualizações, alcançando o viés necessário ao artista e ampliador de novas culturas, de toda cultura.

UMBANDERIA” é o parto por inteiro, a fonética, a estética, o movimento e a sonoridade. A promoção desse encontro, é o momento o qual elege-se uma estréia, um cair do pé pelo fruto maduro (ou não, como diria caetano), ex-pôr, ex-porte, dar-se à vida, à distinção, a procura da batida perfeita, o fluxo do coração, é a busca incessante pelo degrau dos gênios da sensibilidade e beleza, a hora de estar à prova. Os Tambores de Aruanda celebram sem medo, do cume da montanha o leão ruge, o clarão dos raios, a beleza das cachoeiras a força das marés, o fogo e sua transformação:
Quem não guenta com mandinga não carrega patuá...”        


Emmanuel "7 Linhas"

16 de março de 2011

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