domingo, 27 de novembro de 2011

ORA! DEUSES NÃO SANGRAM...






Do pantheon meus orixás me olham,
ora indignados, ora incrédulos.
Difícil é me entender na crise de ira
ou na ingenuidade da esperança...
Do pantheon meus orixás me olham estupefatos...
Ora, os deuses!
Deuses não amam. Deuses não odeiam.
Deuses não sangram!
Nunca foram mulher ou criança...
Do pantheon meus orixás me espiam por detrás do pano.
Com eles nunca aprendi a arte da fleugma...
Mas sempre lhes ensino a suprema dor de ser humano.

Lucia Helena Corrêa
São Paulo, 2011, mês da consciência negra.

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