segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

MEMÓRIAS DE MIM




Por Iran Pereira

Enviado por email e publicado sem autorização ;)

«descobri, muito misteriosamente,
que eu estava escrevendo um livro...
e que cada dia vivo e solar,
era uma pagina do que seria seu resultado final.
meus passos, entao, se reduziam a palavras que diziam do destino da historia que estava sendo escrita;
cada suspiro uma virgula, cada olhar reticencias...
cada pensamento uma aventura:
conhecia bem a historia de mim mesmo ate aqui,
precisava esclarecer certos episodios a meu respeito que ficaram obscuros no passado, mas estava longe de ser um misterio universal.
o destino era um esfinge
e seus enigmas
a liberdade entao nao poderia ir alem do meu poder de imagina¢ao e coragem,
e minha historia poderia ser facinante!
que "a covardia nao mudaria o destino", parecia ser a moral de tudo...
eh quando se revela...
quando descobrimos que o final desta "historia viva" esta em nossas maos,
que os suicidas sao os unicos "escritores" que se levam a serio e decidem o final de uma historia que nao lhes agrada...
o dom de um poeta eh sua imagina¢ao...
sobreviver entao era, escolher as palavras certas e seu tom adequado.
agora vivo desviando meus passos,
escolhendo palavaras inefaveis e musicais,
tendo pensamentos feericos e extases com plantas alucinogenas,
amando sereias...
quero que a minha historia, pela via-lactea, seja a mais encantadora de todas...
nao quero escolher o final de minha fabula.
persigo o original e seus perigos
quero morrer inedito!»memorias de mim//nihil

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